É preciso paciência realmente. Paciência para todas as respostas sem sentido, para todas as ausências, para todos os momentos em que me deixaste a nora sem uma única justificação. Mas mais do que paciência é preciso amor, porque sem amor não aturava metade das tuas crises de humor. Não que não goste de te ouvir, atenção, apenas gosto é mais de ti quando consegues deitar tudo para trás das costas e por-me perto do teu coração. Aí mostras-me que todo esse amor vale a pena, pelo menos nessas horas. Prefiro acreditar que os pequenos gestos enchem o coração e são os que mais espaço ocupam, mas o coração precisa de bem mais do que isso por isso não te sentes a sombra da bananeira, porque por mais rápido que ele bata por ti acaba por se cansar se não tiver motivação. E é aí que tu entras e o empurras, sempre mais um bocadinho, para ele nunca deixar de te procurar. Tem só cuidado com uma coisa: com o tempo. Se demorares demais, ele pode parar para sempre.