Dia após dia sinto a tua presença diminuir na minha vida. Secalhar já deixei de acreditar que tinhamos o efeito boomerang de regressar sempre para a vida um do outro ou então é apenas a tua quase ausência a enganar-me. Apesar disto, ainda sinto o coração bater mais depressa de cada vez que me envolves e as nossas memórias permanecem guardadas com amor. Gostava de regressar de novo para a tua vida com o papel que tivera antes, o de actriz principal. Fizemos a mais bonita peça de teatro, mas cá para nós, acho que o fim não foi o mais apropriado e as cortinas fecharam antes que o podessemos corrigir. Será que algum dia teremos oportunidade de recuperar os aplausos perdidos no meio de tantas lágrimas? Talvez e talvez aí sejamos imortais, não aos olhos alheios, mas aos olhos um do outro.
Porque por vezes o que precisamos está mesmo ao nosso lado , nós é que não o vemos .
sábado, 26 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Já está na hora de separarmos os trapos que com tanto amor juntamos. Vai dar trabalho, e vamos perder muitas horas, mas tem de ser. Ao menos durante esse tempo, ainda posso olhar para ti e despedir-me em silêncio. Afasta-te por favor, é errado voltarmos a amarmo-nos novamente naquela mesma cama onde tudo começou, mas o desejo é superior. Tu voltas a beijar-me como se fosse a primeira vez, voltas a tentar conhecer o meu corpo, voltas a fazer de mim a tua mulher. A razão diz-me para parar mas o coração não quer, e o que ele diz é sagrado e impossível de contrariar. Já tinha saudades tuas, do teu cheiro e sabe-se lá mais de quê que seja teu. Mas tal como isto começou aqui, também é aqui que vai acabar porque a minha despedida continua a ser feita, mas desta vez, amando-te só para te manter em mim mais um tempo. É que sabes, eu guardei-te em mim já faz muito tempo e estás guardado na minha caixinha mais especial. Eu sei que também estou guardada numa caixinha em ti, só me falta saber se a vais manter guardada em ti ou a vais meter numa gaveta qualquer que nunca mais voltarás a abrir.
domingo, 20 de junho de 2010
Já está na hora de arrumar o passado. Preciso de fazer a mala com as nossas recordações, apagar o teu cheiro do meu corpo, esquecer o teu toque, arrancar o teu amor do meu coração. Como se mudasse de casa, mas sem saber para onde ir morar a seguir. É esperar dia após dia, do próximo coração que se proponha a me acolher, esperar pelo próximo sorriso que me vai envolver e talvez pelo homem que me possa vir a fazer feliz. Mas uma coisa é de sublinhar, é que eu posso tirar-te de mim e atirar a mala com as nossas recordações para um rio, para que alguém um dia a encontre e transforme a nossa história em palavras, mas nunca deixarás de ser o homem da minha vida. Por mil e uma coisas e até por nadas insignificantes, mas sê-lo-ás para sempre. Até porque não vale de nada esperar pelo homem perfeito, a menos, claro, que o façamos sentadas, porque ele nunca vai aparecer. Qualquer homem tem defeitos, o problema de alguns é que os têm chapados na cara, tal como tu. A perfeição não existe, mas se existisse ia ser muito aborrecida. Já alguma vez te imaginaste sempre a abanar com a cabeça a dizer "Sim, concordo" a tudo o que eu dizia? Pois, nem eu. E juntamente com as memórias a guardar, também vou guardar as nossas discussões por não me dizeres "Sim, concordo" quando tinhas de fazê-lo, e claro que também não me ia esquecer das promessas que fizeste, mesmo sabendo que não as cumpririas. Achas que daremos uma boa história àquela pessoa que nos descubra naquela mala?
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