quarta-feira, 23 de junho de 2010


Já está na hora de separarmos os trapos que com tanto amor juntamos. Vai dar trabalho, e vamos perder muitas horas, mas tem de ser. Ao menos durante esse tempo, ainda posso olhar para ti e despedir-me em silêncio. Afasta-te por favor, é errado voltarmos a amarmo-nos novamente naquela mesma cama onde tudo começou, mas o desejo é superior. Tu voltas a beijar-me como se fosse a primeira vez, voltas a tentar conhecer o meu corpo, voltas a fazer de mim a tua mulher. A razão diz-me para parar mas o coração não quer, e o que ele diz é sagrado e impossível de contrariar. Já tinha saudades tuas, do teu cheiro e sabe-se lá mais de quê que seja teu. Mas tal como isto começou aqui, também é aqui que vai acabar porque a minha despedida continua a ser feita, mas desta vez, amando-te só para te manter em mim mais um tempo. É que sabes, eu guardei-te em mim já faz muito tempo e estás guardado na minha caixinha mais especial. Eu sei que também estou guardada numa caixinha em ti, só me falta saber se a vais manter guardada em ti ou a vais meter numa gaveta qualquer que nunca mais voltarás a abrir.

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