domingo, 20 de junho de 2010


Já está na hora de arrumar o passado. Preciso de fazer a mala com as nossas recordações, apagar o teu cheiro do meu corpo, esquecer o teu toque, arrancar o teu amor do meu coração. Como se mudasse de casa, mas sem saber para onde ir morar a seguir. É esperar dia após dia, do próximo coração que se proponha a me acolher, esperar pelo próximo sorriso que me vai envolver e talvez pelo homem que me possa vir a fazer feliz. Mas uma coisa é de sublinhar, é que eu posso tirar-te de mim e atirar a mala com as nossas recordações para um rio, para que alguém um dia a encontre e transforme a nossa história em palavras, mas nunca deixarás de ser o homem da minha vida. Por mil e uma coisas e até por nadas insignificantes, mas sê-lo-ás para sempre. Até porque não vale de nada esperar pelo homem perfeito, a menos, claro, que o façamos sentadas, porque ele nunca vai aparecer. Qualquer homem tem defeitos, o problema de alguns é que os têm chapados na cara, tal como tu. A perfeição não existe, mas se existisse ia ser muito aborrecida. Já alguma vez te imaginaste sempre a abanar com a cabeça a dizer "Sim, concordo" a tudo o que eu dizia? Pois, nem eu. E juntamente com as memórias a guardar, também vou guardar as nossas discussões por não me dizeres "Sim, concordo" quando tinhas de fazê-lo, e claro que também não me ia esquecer das promessas que fizeste, mesmo sabendo que não as cumpririas. Achas que daremos uma boa história àquela pessoa que nos descubra naquela mala?

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