terça-feira, 27 de julho de 2010

Casa , outra vez

     Acho que descobri uma coisa, uma coisa que já tinha descoberto há muito até, mas que não sabia. Quando me abraças e me deixas ficar ali, até quase adormecer, a sentir o teu cheiro e o teu toque que tão bem eu já conheço, sinto-me mais protegida do que nunca. Como se tivesse a certeza que, enquanto me apertas com a tua maior força e carinho, nada de mal me pode acontecer. E cada vez mais, quero esse abraço que em tantas noites já foi o meu porto de abrigo, quando mais precisei de ser protegida de mim e dos outros. Gostava de saber como consegues isso, juro-te. És o único que em cada abraço me faz sentir como se regressasse a casa, até mesmo sem regressar. Tu bem sabes o que eu quero dizer e mais não digo. 
     Espero que nunca percas esse dom e de preferência que eu também não perca o meu lugar nessa casa que me recebe sempre, mesmo sem eu pedir. Posso-te pedir um favor? Volta a envolver-me e deixa-me adormecer encostada ao teu peito enquanto vemos a lua procurar o seu lugar no meio das estrelas, tal como eu faço no meio dos teus braços. 

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