sexta-feira, 29 de abril de 2011

pontos finais e outros que tais.

Às vezes gostava de perceber porque é que gostas de me manter presa a ti se o que nos unia já acabou há muito tempo. Aliás, nem sei se alguma vez estivemos unidos. Cá para mim esse fio invisível só fui eu que o criei e era alimentado pelo amor que tinha por ti. No entanto, insistes em agarrar-me com toda a tua força, tentando meter-me na cabeça que és louco por mim e que nunca vamos deixar a nossa história acabar. Podes enganar tudo, menos o coração. Esse consegue sentir o que tu queres a quilómetros de distância meu querido, e mais tarde ou mais cedo acaba sempre por conseguir mandar-te para bem longe, para um lugar onde ele não consiga voltar a sentir o teu toque ou simplesmente sentir-te a ti. Posso dizer-te que ele ainda te conhece de cor e sabe distinguir-te no meio da multidão sem precisar de te ter por perto, mas isso é o mínimo que se pode esperar de um amor tão grande, não achas? É irónico perguntar-te isto. Logo a ti, que nunca aprendeste a definição de amor, quanto mais conseguires senti-lo. Só quem consegue pegar no coração de alguém e molda-lo devagar e com todo o carinho, é que sabe o que é amar, e tu entras na vida das pessoas mantendo uma capa invisível a volta do teu coração para não deixares as pessoas lá entrar. Tens medo de te apaixonar a sério e depois não conseguir dar a volta por cima, mas acho que isso viste pelo que aconteceu comigo em relação a ti, não é? Pois bem, já dei a volta por cima, mas tens de ser tu a escrever a ultima página da nossa história. Eu já escrevi demais e estou cansada. Além disso, quero ver se consegues ser tão homem a deixar as tuas palavras eternizadas, como és a dá-las ao vento para ele as levar. 

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