Hoje era dia de arrumações e qual não foi a minha surpresa quando encontrei a caixa que com tanto carinho fizemos para guardar as nossas fotografias, as nossas cartas, o nosso amor. Abri-a com todo o cuidado, como se fosse um tesouro. E na verdade até o é porque o seu preço é incalculável.
Por cima, estavam as cartas que te escrevi enquanto te pedia desesperadamente que voltasses. Ainda tinham o teu cheiro agarrado a elas. Lia-as enquanto sentia cada lágrima pesar no meu rosto, mas ao mesmo tempo um sorriso submergia do nada sem saber ao certo a sua natureza. Sentia-me tão vazia agora, como se tu é que preenchesses todo o espaço que pertence ao meu coração, e agora esse espaço estava vazio, sem coração e sem ti. Era naquelas cartas, que eu um dia escrevera com tanto cuidado e carregadas de amor, que tinha-mos a nossa vida e o nosso futuro, tudo meticulosamente planeado.
As fotografias vêm completar as minhas memórias. Cada uma numa fase diferente mas todas no nosso presente-passado-mais-que-perfeito. Nem sabes como é bom poder voltar a olhar para os teus olhos carregados de alegria, onde eu podia ver toda a tua alma e tudo o que te passava pela cabeça. O teu sorriso estava mais esplendoroso que nunca como se estivesses a viver a melhor fase de toda a tua vida. Até podias estar a vivê-la, mas se estavas porque é que acabaste com ela assim? Espero um dia conseguir perceber isso. Talvez no dia em que os nossos corações se cruzem novamente e as nossas almas se troquem isso aconteça.
UI so agr vi
ResponderEliminarSara no seu melhor, a sua veia artistica de escritora saida.
Muito bem gostei do teu blog
Obrigada Ricardinho ahah *
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